E. coli e sua utilização para a produção de biofármaco: insulina

por | segunda-feira, 18 / 05 / 2020

Biofármacos são medicamentos obtidos a partir da utilização de células geneticamente modificadas para a produção de proteínas terapêuticas. A indústria biofarmacêutica teve seu crescimento iniciado na década de 1980 e Escherichia coli teve um papel muito importante nisso como a bactéria mais utilizada até hoje. A modificação genética, resumidamente, envolve a inserção de um plasmídeo (pequena molécula de DNA extra-cromossômica) que possui o gene da proteína que se quer expressar. Um exemplo típico é a insulina usada para fins terapêuticos em pacientes diabéticos.

Inicialmente, a partir dos anos 1920, a insulina para uso em pacientes diabéticos era purificada a partir de pâncreas bovino e suíno, e tal uso apresentava riscos potenciais pelas possíveis reações imunes a antígenos heterólogos presentes. Este risco, associado à crescente demanda advinda do aumento de pacientes diabéticos e ao desenvolvimento de técnicas de clonagem genética, levou a produção de insulina como biofármaco, em escalas industriais.

Diversos outros biofármacos vem sendo investigados e/ou produzidos, tanto aqueles considerados biossimilares por terem uma base de produção biológica prévia, como biológicos inovadores, desenvolvidos a partir do reconhecimento de alvos potenciais para o tratamento das mais diversas doenças como neoplasias e doenças autoimunes.

Exemplos de outros biofármacos produzidos por via biotecnológica:

  • Enzimas: agentes trombolíticos, digestivos, etc.
  • Fatores sanguíneos: tratamento de hemofilia
  • Anticorpos monoclonais: tratamento de diferentes tipos de câncer

Fontes:

Laboratório de Enteropatógenos, Microbiologia Veterinária, Ambiental e de Alimentos

Instituto Biomédico – Bloco E – R. São João Batista, s/n – Centro, Niterói – RJ, 24020-141

 

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