Efeitos antibacterianos de espécies reativas de oxigênio geradas por plasma

por | sexta-feira, 26 / 06 / 2020

Pesquisadores das Faculdades de Engenharia, Agricultura e Medicina da Universidade Estadual de Penn, Filadélfia, afirmam que o tratamento com plasma (estado físico da matéria, similar ao gás) de baixa temperatura é eficaz contra bactérias encontradas em meios líquidos.
Normalmente o plasma é muito quente, mas este grupo de pesquisadores conseguiu gerar plasma em baixa temperatura e à pressão atmosférica em meio líquido, gerando espécies reativas de oxigênio (EROs) que possuem efeito antibacteriano sem queimar nada. Os efeitos foram significativos tanto em bactérias Gram-negativas como Escherichia coli quanto em Gram-positivas como Staphylococcus aureus.

Talvez o mais interessante do método aqui descrito é a dificuldade das bactérias em adquirir resistência a ele. Antibióticos têm como objetivo impedir o crescimento celular, afetando seu metabolismo, proteínas essenciais ou material genético da bactéria, e, por isso, eles devem entrar na bactéria para atingir o alvo específico. Porém, mutações bacterianas podem reduzir a entrada deste antibiótico ou aumentar a sua excreção.

Como a concentração de EROs gerada pela técnica é alta o suficiente para matar bactérias, e ao mesmo tempo baixa o suficiente para não causar impactos negativos em células humanas, o próximo passo do grupo é gerar este plasma diretamente no sangue, com o objetivo de eliminar infecções cardiovasculares. No momento, o maior desafio é encontrar um material que não coagule o sangue, seja flexível e claro, e ainda condutor de eletricidade.

Fontes:

Laboratório de Enteropatógenos, Microbiologia Veterinária, Ambiental e de Alimentos

Instituto Biomédico – Bloco E – R. São João Batista, s/n – Centro, Niterói – RJ, 24020-141

 

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